14 de nov. de 2013

Baja Portalegre

Baja Portalegre 500

E eis que chegámos à mais esperada prova do TT nacional. Ao nível dos automóveis o mais importante cetro já se encontrava entregue na chegada a Portalegre, no entanto, nas motos estava tudo em aberto e a vitória na prova iria decidir o campeão nacional absoluto. Por outro lado, ganhar em Portalegre é sempre o desejo de muitos que não participam nos campeonatos completos, com a agravante de termos muitos participantes da Taça do Mundo a animar as hostes, em especial entre os automóveis.

Automóveis


Como já se tem verificado nos últimos anos, a prova dos automóveis dividia-se em 3 super especiais cronometradas (prólogo, SS2 e SS3).
Miguel Barbosa começou por vencer o prólogo, brindando Krzysztof Holowczyc com 6 segundos de vantagem. Na terceira posição ficava o brasileiro Reinaldo Varela.
 
74V_6006
Miguel Barbosa
Na guerra pelos T2, Edgar Condenso superiorizava-se a Alexandre Franco.
No dia seguinte os automóveis tinham pela frente 415 Km, que seriam divididos em 2 setores cronometrados.
Pelas 7 horas partiu da zona do parque fechado, situado como de costume na Nerpor, o vencedor do prólogo do dia anterior (Miguel Barbosa), tendo arrancado para o setor cronometrado pelas 7:15. A sua prova viria, no entanto, a ser curta pois o motor do seu Mitsubishi viria a deixar de colaborar ainda antes de CP1.
Quem, neste local, comandava era um rápido Reinaldo Varela, sendo seguido de perto por Krzysztof Holowczyc. Reinaldo Varela viria também a ter problemas mecânicos, deixando a porta aberta ao polaco da Mini. Este era seguido por outro polaco em Mini - Martin Kaczmarski.
Até ao final as posições destes não se viriam a alterar, conseguindo assim uma dobradinha polaca na baja alentejana. Na terceira posição ficaria o português Pedro Grancha, em BMW  Evo X1.

Krzysztof Holowczyc

Martin Kaczmarski

Pedro Grancha
Entre os T2 a vitória viria a sorrir ao italiano Elvis Borsoi, em Mitsubishi Pajero, tendo ficado na segunda posição Alexandre Franco e Alexander Baranenko  na terceira.

Elvis Borsoi
Na corrida pela categoria do troféu Nacional, na vitoria coube a Carlos Almeida, em Nissan Pathfinder.
Na categoria de promoção apenas terminaram 2 concorrentes, sendo que o mais rápido a percorrer o percurso (apenas constituído pelo prólogo e SS2) seria Nuno Carujo em BMW 325.
 

Motos


Entre as motos a pressão encontrava-se em António Maio (já campeão da classe TT2) e Mário Patrão, que discutiam em Portalegre o título de campeão nacional absoluto, mas também em Domingos Santos e David Megre, que discutiam o cetro na classe TT1. O titulo de TT3 já se encontrava entregue a Fidelino Rino.
Para que se compreenda a pressão em que se encontravam estes dois pilotos, se Patrão vencesse e Maio fosse segundo, ficavam em absoluta igualdade pontual e de resultados, sendo necessário recorrer ao último critério de desempate: o resultado na jornada derradeira. À partida, Maio tinha 3 pontos de vantagem, e os pilotos desprezam o pior resultado da época – 15 pontos para qualquer deles. Assim, só melhoravam a pontuação se ficassem em primeiro ou segundo no Sábado.
No caso da classe TT1, a diferença pontual favorecia David Megre. Mesmo que Santos vencesse a prova, Megre apenas precisaria de um terceiro lugar para se sagrar campeão da classe.
No prólogo os principais candidatos ao título decidiram adotar a estratégia de parar. Dessa forma conseguiriam controlar-se um ao outro no dia seguinte. Dessa forma, António Maio foi antepenúltimo e Patrão penúltimo.
Quem não desperdiçou a oportunidade de brilhar em Portalegre foi o estreante (em TT) João Vivas, que foi secundado por Luís Oliveira e Henrique Nogueira (2 enduristas que dão muito bem conta de si na Baja).

João Vivas
No dia seguinte, quem assistiu aos arranques viu bem a vontade com que António Maio se atirou à pista e a forma como deu uma das primeiras curvas revela bem a confiança que tinha em vencer a prova. Em CP1 era já líder da prova, com uma pequena vantagem para Mário Patrão.
Até ao final, houve ainda lugar a um problema num pneu para Patrão, o que levou a que Maio vencesse a prova com 4 minutos e 59 segundos de vantagem.
Quando já se ouviam buzinas por parte da sua equipa, chegou a notícia de que Maio não havia parado num controlo de passagem, tendo sido penalizado com 5 minutos. Dessa forma o título caiu nas mãos de Patrão, ficando o seu nome no topo da classificação da prova.

António Maio

Mário Patrão
No que diz respeito à classe TT1, a prova foi vencida por Domingos Santos. Dado que David Megre apenas terminou na 11ª posição, o título foi assim entregue ao primeiro.

Domingos Santos
Pedro Afonso, o veterano piloto que apenas participa na baja, além do terceiro lugar geral, ainda venceu entre as TT3.
Na categoria de promoção, a vitória coube a João Lourenço. A dupla João Leão e Tomé Fontainhas venceu entre os veteranos especial e Paulo Santos entre os veteranos.
Entre as motos clássicas, Maxi Baja e Master 50, que apenas cumpriam a parte sul do percurso (cerca de 200 Km), a vitória geral sorriu a Bernardo Villar, tendo também vencido entre as Xr. A vitória entre as Maxi Baja coube a Filipe Elias, após penalização do vencedor do ano passado Rui Costa. Por fim, entre os Master 50, a vitória foi para a dupla António Coimbra/Fernando Zagalo.

Bernardo Villar

Quads


No que diz respeito às classificações gerais das provas do campeonato de 2013 pouco houve para contar, tal foi o domínio que Roberto Borrego exerceu sobre os seus rivais. Dessa forma, o campeonato já se encontrava decidido antes da prova de Portalegre.
O prólogo foi ganho por Rúben Alexandre, sendo este secundado por Rafael Acúrcio e Roberto Borrego.
Rúben Alexandre
No dia de sábado, em CP1, era já Roberto Borrego a liderar na frente de Rúben Alexandre e de Rafael Acúrcio. No entanto, ainda antes de CP2, Borrego teve problemas na sua moto, tendo-se afundado. Nessa altura a prova era já liderada por André Carita, com Luís Engeitado no segundo lugar.
Até ao final Carita não largou mais a primeira posição, tendo, no entanto, sido secundado por um rápido Vítor Santos, logo seguido de Luís Engeitado, que venceu entre as Stock.

André Carita
Luís Engeitado
Entre os concorrentes à classe promoção, a vitória coube a Bruno Papolinha, sendo que, entre os utilitários foi Ramon Sanz o mais rápido.

Buggy/UTV



Entre os buggys vieram, como é hábito na prova, alguns outsiders animar as hostes desta classe que muito tem evoluído. Entre eles encontrava-se o antigo campeão nacional e vencedor da prova Jorge Monteiro, a tripular um Can Am Maverick.
O prólogo de sexta mostrou a superioridade dos Rage, com António Ferreira e Bruno Martins na 1ª e 2ª posição, respetivamente. Em terceiro lugar ficaria Roberto Vinaras.
No dia seguinte António Ferreira entrou a voar, dando grande espetáculo na passagem pela ribeira, para gaudio daqueles que assistiam naquele local. No entanto, em CP1 era apenas 13º.

António Ferreira
Quem neste local vinha a surpreender era João Guilherme, a liderar a prova com uma vantagem inferior a 1 minuto para Nuno Tavares e Jorge Monteiro. A luta entre Guilherme e Tavares estava renhida, sendo que em CP2 eram apenas 7 segundos a separá-los. Em 3º mantinha-se Jorge Monteiro.
Até ao final, Tavares não largou mais a primeira posição, tendo sido secundado por Aristides Mafra e pelo espanhol Roberto Vinaras. Jorge Monteiro viria a desistir com problemas no buggy e João Guilherme afundar-se-ia na classificação, terminando em 10º da geral.

Nuno Tavares

O blog TT2X4 esteve presente nesta competição, dispondo de fotografias de todos os participantes. Caso estejam interessados em conhecer alguma destas, não hesitem em contactar.

Fontes:
http://www.fmotoportugal.pt/artigo.php?id=179882#sthash.dQCMnRPn.dpbs
www.bajaportalegre500.com
                                                                          



 

Nenhum comentário: